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Renda

Os historiadores não têm uma conclusão a cerca da origem da renda. Acredita-se que o berço dessa arte seja da França, Itália ou Egito. O que se sabe ao certo é que é uma arte muito antiga.



Trazida pelos portugueses e pelos colonos açorianos, esta técnica é um trabalho tradicional de vários pontos do Brasil. Os papelões são passados de geração a geração e algumas artes são exclusivas de uma família. Apesar de a renda não ser um produto originalmente brasileiro, tornou-se um produto local através da aculturação.

Renda de Renascença.

A renda é executada preenchendo o desenho com pontos caseados. O desenho pode ser preparado separadamente e o fundo acrescentado depois.​



Sua origem data do século XVI na Europa, daí o nome renascença. Veio para o Brasil com os portugueses e foi ensinada em Pernambuco nos conventos e colégios internos.

Uma das origens da renda renascença, está na cidade de Poção - Pernambuco - na década de 30, pelas mãos de uma senhora famosa na cidade, Maria Pastora. Poção é o maior produtor de renda renascença do Brasil. Hoje o Brasil exporta renda para sete países da América, Europa e Ásia.

Renda de bilros​.

Associa-se a renda de bilros aos flamengos da Bélgica e dos Países Baixos, embora seja também executada na Itália, na França, na Inglaterra, em Portugal e no Nordeste do Brasil, onde é conhecida como renda do norte, renda do Ceará ou renda da terra.

O seu desenho é executado sobre uma almofada. O rendeiro fixa pequenas cavilhas na almofada ao longo das linhas do desenho e trabalha com muitos bilros (pequenos fusos de madeira furados), por onde passam os fios. Quando a renda está pronta, o rendeiro retira as cavilhas e a renda da almofada.



Os rendeiros desenham o motivo em papel-pergaminho e fixam-no num fundo de linho encorpado.

Fino tecido de desenhos variados.

A renda é um tecido transparente de malha aberta, fina e delicada, que forma desenhos variados com entrelaçamentos de fios de linho, seda, algodão ou até mesmo de ouro. É por vezes aplicada como guarnição de vestidos, alfaias e paramentos. Na sua maioria, as rendas compõem-se de dois elementos:

O desenho ou motivo;​

​O fundo, que mantém o desenho unido.​


São dois os principais tipos de renda: a renda de bilros e a renda de agulha. Entre outros tipos, incluem-se o crochê (executado com uma agulha) e o frivolité, preparado com naveta, uma espécie de lançadeira, que forma nós com as linhas.

Bordar é ornamentar.

É transformar um tecido com fios, cores e desenhos, buscando um resultado que agregue valor à ele. A Renda Renascença teve origem em Veneza, na Itália, por volta do século XVI, mas foi difundida pelos franceses, que adornavam o vestuário dos frequentadores da corte com esse trabalho.

Também existem informações que a renda veio para o Brasil por intermédio das freiras e difundiu-se no Nordeste, especialmente em Pernambuco. Contam que as freiras de clausura de Olinda foram as disseminadoras da renascença no Brasil. Como não mantinham contato com pessoas da comunidade, a técnica foi passada para serviçais do convento.

Assim aconteceu com Dona Lála, respeitada artesã pernambucana, que teria aprendido com as freiras e depois ensinado a muitas outras mulheres, entre elas uma aprendiz paraibana que trouxe a técnica para a Paraíba por volta de 1950 para a sua cidade natal, Monteiro, onde hoje já surgiram associações que têm realizado trabalhos tão bons que estão sendo reconhecidos e premiados pela qualidade e originalidade.

Muitas pessoas confundem a renda renascença com a renda irlandesa ou inglesa, mas são apenas técnicas semelhantes, pois a renda irlandesa usa o lacê no lugar do fitilho.


 

No interior do Nordeste, podemos ver jogos americanos, toalhas de bandeja e muitas outras coisas Renda Renascença.

A técnica é executada numa almofada, com agulha, linha e fitilho, que é uma fita estreita que dá sustentação aos pontos. Os entrelaçados são muito delicados e as tramas concêntricas são características marcantes da técnica de Bilros.

Significados.

cavilha

s. f.s. f.Peça metálica para sujeitar duas peças, duas chapas, etc.

naveta |ê|

s. f.
1. [Técnica] Instrumento de madeira com o qual o tecelão faz correr o fio sobre o tear; lançadeira.
2. Lançadeira de máquina de costura.
3. Instrumento com que se faz uma certa renda.

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