Catingueira ​- Histórias de Realeza e de Cultura do Sertão.​
Cordel, Prosa e Verso.
Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, 16 de junho de 1927, mais viveu em Taperoá ParaÃba. É um dos mais importantes dramaturgos, romancista e poeta brasileiro, autor dos célebres Auto da Compadecida e A Pedra do Reino, sendo um defensor militante da cultura do Nordeste.

Ariano é um dos fundadores do movimento Armorial, uma iniciativa artÃstica cujo objetivo seria criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artÃsticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.
O caráter geral de sua poesia é marcado ainda pelo tom confidencial, pelo desejo insatisfeito, pela amargura e por referências autobiográficas relacionadas com a sua doença, com os lugares onde morou (sobretudo no bairro da Lapa no Rio de Janeiro) e com a famÃlia. Profundo conhecedor da técnica de composição poética por vezes aproveita-se das formas clássicas ou faz incursões à s formas mais radicais das vanguardas, sem contudo perder a marca de absoluta simplicidade, predominante em sua obra.
Ainda que se note em várias passagens de sua obra a herança do Romantismo, Bandeira soube evitar o sentimentalismo piegas, edificando uma obra depurada e de grande valor estético.
Jorge Amado nasceu na fazenda AuricÃdia, em Ferradas, municÃpio de Itabuna. Filho do "coronel" João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado, foi para Ilhéus com apenas um ano e lá passou a infância e descobriu as letras. A adolescência ele viveria em Salvador, no contato com aquela vida popular que marcaria sua obra.
Estreou na literatura em 1930, com a publicação (por uma editora carioca) da novela "Lenita", escrita em colaboração com Dias da Costa e Édison Carneiro. Seus primeiros romances foram "O PaÃs do Carnaval" (1931), "Cacau" (1933) e "Suor" (1934).
Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira), nasceu no dia 10 de setembro de 1930, na cidade de São Luiz, capital do Maranhão, quarto filho dos onze que teriam seus pais, Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart. Inicia seus estudos no Jardim Decroli, em 1937, onde permanece por dois anos. Depois, estuda com professoras contratadas pela famÃlia e em um colégio particular, do qual acaba fugindo. Em 1941, matriculou-se no Colégio São LuÃs de Gonzaga, naquela cidade.
Iniciou a carreira de escritor com o romance Uma lágrima de mulher (1879), seguido de O mulato, um dos seus livros mais famosos, publicado em São LuÃs, na Tipografia de O PaÃs, em 1881. O livro escandalizou a sociedade maranhense pela linguagem crua e por tratar do preconceito racial, mas com ele o autor ganhou projeção nacional. No Rio de Janeiro, a obra foi muito bem recebida, sendo considerada como um exemplo do Naturalismo, escola literária que se baseava na fiel observação da realidade e na experiência.
Graciliano Ramos foi Prefeito de Palmeira dos Ãndios, Alagoas, (onde nasceu) onde viveu uma experiência extraordinária em Educação, onde mesmo sem recursos para investimento na Educação Municipal, fez um projeto de convencimento e de formação da consciência dos alunos com palestras suas, em que Pobres e descalços frequentavam as aulas e, nas avaliações regulares, influenciados pelas palavras lembrando. Graciliano Vai ser um especialista em Educação Popular e vai fazer palestras por todo Mundo. Graciliano era muito respeitado pelos Sindicatos de Trabalhadores. No seu sepultamento no rio vieram delegações de todos sindicatos e de muitos estados.
O estilo de José Lins é inteiramente despojado e sem atitudes ou artifÃcios literários. Ele próprio via a si mesmo como um escritor instintivo e espontâneo, chegando a apontar que suas fontes da arte narrativa estavam nas ruas: "Quando imagino nos meus romances tomo sempre como modo de orientação o dizer as coisas como elas surgem na memória, com os jeitos e as maneiras simples dos cegos poetas."Apesar desta simplicidade linguÃstica com que escreve,ele descreve com muita técnica os estados psicológicos de seus personagens,seguindo, assim, uma linha inaugurada por Proust. Além disso,ele tem um domÃnio da tradição literária e consegue fazer uma crÃtica dos hábitos em um estilo que lembra Thomas Hardy.
A complexidade da obra de Patativa é evidente pela sua capacidade de criar versos tanto nos moldes camonianos (inclusive sonetos na forma clássica), como poesia de rima e métrica populares (por exemplo, a décima e a sextilha nordestina). Ele próprio diferenciava seus versos feitos em linguagem culta daqueles em linguagem do dia-a-dia (denominada por ele de poesia "matuta"). A transcrição de sua obra para os meios gráficos perde boa parte da significação expressa por meios não-verbais (voz, entonação, pausas, ritmo, pigarro e a linguagem corporal através de expressões faciais, gestos) que realçam caracterÃsticas expressas somente no ato performático (como ironia, veemência, hesitação, etc.).
É o grande nome da prosa romântica brasileira, tendo escrito obras representativas para todos os tipos de ficção românticos: passadista e colonial (O Guarani, 1857), indianista (Iracema, 1865), sertaneja (O Sertanejo, 1875).
Pode-se dividir, didaticamente, a obra de Alencar em indianista (O Guarani, 1857; Iracema, 1865; Ubirajara, 1874); urbana (LucÃola, 1862; Diva, 1864; Senhora, 1875), regionalista (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates (primeiro volume), 1873).
Seus grandes mestres são o francês Chateubriand e o escocês Walter Scott. Mas também o influenciaram muito os escritores Balzac e Alexandre Dumas.
Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, tendo escrito as peças O Liberato e A FamÃlia Salazar, esta última escrita em colaboração com Urbano Duarte, proibidas pela censura do Império, e mais tarde, publicadas em um volume intitulado O escravocrata.
Sua ligação com o teatro se reflete nos quatro mil artigos sobre eventos artÃsticos, publicados em jornais de grande circulação da época tais como O PaÃs, O Diário de NotÃcias e O Mequetrefe, no qual teve importante participação como articulista.
Embora já escrevesse contos desde 1871, foi só em 1889 que se animou a reunir alguns deles no volume Contos PossÃveis, dedicado a Machado de Assis.
Simultaneamente aos contos e artigos, desenvolvia também os teatros de revista, ou somente revistas que o projetaram como um dos maiores teatrólogos brasileiros do gênero.
O poeta Antônio Gonçalves Dias, que se orgulhava de ter no sangue as três raças formadoras do povo brasileiro (branca, indÃgena e negra), nasceu no Maranhão em 10 de agosto de 1823. Em 1840 foi para Portugal cursar Direito na Faculdade de Coimbra. Ali, entrou em contato com os principais escritores da primeira fase do Romantismo português. Em 1843, inspirado na saudade da pátria, escreveu "Canção do ExÃlio".

​No ano seguinte graduou-se bacharel em Direito. De volta ao Brasil, iniciou uma fase de intensa produção literária. Em 1849, junto com Araújo Porto Alegre e Joaquim Manuel de Macedo, fundou a revista "Guanabara".
Em 1953, aos 21 anos, se transfere para o Rio de Janeiro onde foi trabalhar no semanário: "A revista da semana" e no grupo dos Diários Associados de Assis Chateaubriand, mais especificamente como "Foca" em "O Jornal" e daà foi deixando suas marcas através de suas redações nos jornais "Diário Carioca", Última Hora, Correio da Manhã, "Folha e Diário do Grande ABC" e nas revistas Manchete e Diário Carioca.

​Por mais de vinte anos atuou também como repórter policial. Na literatura estreou com o conto "Depois da Luta", em 1958, no cinema escreveu os diálogos do filme: Lúcio Flávio, o passageiro da agonia, baseado no romance de sua autoria lançado em 1976 pela Editora "Civilização Brasileira". Escreveu outros livros sobre casos policiais famosos como O caso Aracelli e O asassinato de Cláudia Lessin Rodrigues. "Em carne viva" (1988) traz personagens e situações que lembram as mortes de Zuzu Angel e seu filho, Stuart.
Rachel era filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da famÃlia de José de Alencar. Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na lÃngua portuguesa. Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1994 na ocasião do centenário da instituição.


Nasceu na cidade de Recife - PE, no dia 09 de janeiro de 1920, passa a infância em engenhos de açúcar. Em 1940 viaja com a famÃlia para o Rio de Janeiro, onde conhece Murilo Mendes. Esse o apresenta a Carlos Drummond de Andrade e ao cÃrculo de intelectuais que se reunia no consultório de Jorge de Lima. É removido, em 1947, para o Consulado Geral em Barcelona, como vice-cônsul. Adquire uma pequena tipografia artesanal, com a qual publica livros de poetas brasileiros e espanhóis. É removido para Madri, como primeiro secretário da embaixada. Publica, em Madri. Toma posse na Academia em 06 de maio de 1969.
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Lêdo Ivo nasceu no dia 18 de fevereiro de 1924, em Maceió (AL), filho de Floriano Ivo e EurÃdice Plácido de Araújo Ivo. Foi eleito em 13 de novembro de 1986, na sucessão de OrÃgenes Lessa e recebido em 7 de abril de 1987 pelo acadêmico Dom Marcos Barbosa. Recebeu os acadêmicos Geraldo França de Lima, Nélida Piñon e Sábato Magaldi.