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Utensílios.

Casa.

O Brasil possui índios que trabalham a cerâmica com otima qualidade, naturalmente porque dispunham de boa argila e no entanto não conheciam a pedra. Ao contrário dos índios de outras regioes que foram grandes artesãos de objetos líticos (relativo a pedra) pois estes dispunham de pedra e não de argila. Assim é de se pensar que o modo de vestir, de fazer arte, de cuidar da familia, da região onde vive não é definidor de uma identidade indígena.

Os índios Brasileiros, o Artesanato e a quebra do estereotipo.

Em pelo menos 13 principais etnias espalhadas pelo interior do Ceará, os índios dialogam arte e cultura com o senso de preservação ambiental. Aos poucos, são reconhecidos pelos não-índios, que passam a perceber os povos indígenas fora dos estereótipos de seres desnudos e pintados, sendo esse pensamento, sim, primitivo.



O artesanato é uma forma de chegar a outros lugares e dizerem "sim, nós existimos".



É fato que 30 anos atrás era bem mais difícil compreender a existência de índios no Ceará. Sempre existiram donos naturais das terras bem antes da colonização, mas, com a chegada dos europeus, a aculturação foi tanta que até mesmo entender-se índio era um desafio para grupos que hoje se definem de etnias indígenas.

Sim, o Ceará é terra de índios. Eles estão espalhados pelo interior, desde a Região Metropolitana de Fortaleza. Entretanto, não espere povos vivendo em ocas, isolados, essa segmentação há muito deu lugar à integração. De acordo com o antropólogo Sérgio Brissac, modo de vestir ou de falar não é definidor da identidade indígena.



A comunidade Tapeba, em Caucaia, é um típico povoado de interior. O atraso ou a modernidade lá chegou na mesma velocidade com que povoados de não-índios. A diferença está na identificação com a ancestralidade. E nas últimas décadas, reconhecendo seus direitos indígenas, dezenas de grupos reacendem a chama de suas singularidades, suas expressões culturais mais tradicionais, sagradas. Os mais jovens entram na roda da luta desde pequenos - existem cerca de 40 escolas indígenas em 16 Municípios do Estado.

O reconhecimento, a demarcação e a homologação de terras indígenas cearenses é, para os índios, pretexto bom para o convite aos não-índios conferirem o que eles têm de melhor: a cultura. Quem vê, toca e sente, só chega a uma conclusão: "é, eles existem".



O valor imaterial difundido nas danças, brincadeiras, cânticos e orações revelam a resistência de um povo.

De geração para Geração.

Sagrado.

Arte.

O Programa de Difusão da Cultura Indígena, da FIEC, tem três eixos principais: No de Cadeias Produtivas faz Estruturação de novos grupos de produção de artesanato indígena e fortalecimento dos grupos já existentes, proporcionando a comercialização desses produtos por meio da Loja de Artes Indígenas localizada na Ceart, administrada pelo Instituto Fiec em parceria com a Secretaria de Empreendedorismo do Governo.

Em Ações Socio Educativas, a busca é disseminar a cultura e o valores de uma educação para a sustentabilidade, estimulando a participação comunitária em torno das atividades realizadas nos Centros de Artes das aldeias Indígenas, podendo dizer as varias etnias indigenas do Brasil "sim, nós existimos".

Participação de outras Etnias.

Resistencia nos Canticos, Orações, danças.

No eixo de Memória e Patrimônio Cultural atua em projetos voltados para disseminar e difundir a cultura indígena, com ações respaldadas no resgate histórico das tradições e a sua importância para a constituição da cultura indígena, no caso citamos a Cearense, tendo como destaque o Projeto Exposição Arte Indígena e o Acervo Indígena, composto por mais de 600 peças de diferentes tipologias de artesanato.​



A igreja de Nossa Senhora da Assunção de Almofala dos Tremembé é referência na luta pelas terras do antigo aldeamento indígena. A "igreja dos índios" foi soterrada pelas dunas em 1892 e assim ficou por 50 anos, causando dispersão dos Índios Tremembé para as localidades de Córrego do João Pereira e Camondongo (Itarema), Queimadas (Acaraú), e São José e Buriti (Itapipoca).

Memória Etnica.

Em 1996, o índio Kanindé José Maria Pereira dos Santos, o "cacique Sotero", incentivou a abertura para visitação pública ao "Museu dos Kanindé", que traz em seu acervo artesanato, com destaque para os trabalhos de madeira, instrumentos de caça e dança até então mantidos sob sigilo.

Os índios Tapeba têm uma recheada agenda cultural, com participação das outras etnias. Em julho (20...) acontecem os jogos indígenas estaduais, com todos os povos e em agosto ocorre a feira cultural do povo tapeba, os jogos indígenas tapeba e o ritual de purificação das crianças.

Em setembro ocorre a Festa da Carnaúba e inicia a fabricação do mocororó. Em 3 de outubro comemora-se o dia do índio Tapeba. Dezembro é o mês da colheita da mandioca e das celebrações da "farinhada".

Em mais uma iniciativa de afirmação étnica, os índios Potyguara, de 20 comunidades nos Municípios de Crateús, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente e Tamboril retomaram a pesquisa e o ensino do Tupi, a língua ancestral.​ O artesanato se soma às outras manifestações artísticas e culturais dos índios. O valor imaterial difundido nas danças, brincadeiras, cânticos e orações revelam a resistência do povo, sua história de vida.

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