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Aos três anos de idade (1930), Ariano passou por um dos momentos mais complicados de sua vida com o assassinato de seu pai, João Suassuna (1886-1930), no Rio de Janeiro, por motivos políticos, durante a Revolução de 1930, o que obrigou sua mãe, Rita de Cássia Vilar, a levar toda a família a morar na cidade de Taperoá, no Cariri paraibano.



Ainda em Taperoá, Ariano teve conhecimento da morte do seu pai, que ocorreu dentro da cadeia de eventos que sucederam e estavam ligados à morte de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, e, como produto destes acontecimentos, sua família precisou fazer várias peregrinações para diferentes cidades, a fim de fugir das represálias dos grupos políticos opositores ao seu falecido pai.



De 1933 a 1937, Ariano residiu em Taperoá, onde "fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral."

Em 1942, ainda criança, Ariano Suassuna muda-se para cidade de Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colegial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano Suassuna concluiu seu estudo superior em Direito (1950), na célebre Faculdade de Direito do Recife, e em Filosofia (1964.)

Ariano, um representante do Povo.

Na Faculdade de Direito do Recife, conheceu Hermilo Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma mulher vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as harpas de Sião (ou O desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, A Farsa da Boa Preguiça, de 1960, e A Caseira e a Catarina, de 1961.



Entre 1951 e 1952, volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou Torturas de um coração. Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro. Em 1955, Auto da Compadecida o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a televisão e para o cinema. Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994.

Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira". Ariano acredita que: “Você pode escrever sem erros ortográficos, mas ainda escrevendo com uma linguagem coloquial.” ​De formação calvinista e posteriormente agnóstico, converteu-se ao catolicismo, o que viria a marcar definitivamente a sua obra. Ariano Suassuna estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema "Noturno" foi publicado em destaque no Jornal do Comercio do Recife.

Ariano também escreveu a obras como "A Historia de Amor de Frnando e Isaura", a "Pedra do Reino", onde defende fortemente a cultura brasileira, sem desprezar culturas de povos que formaram o Brasil, classificadas por ele em quatro grupos, os Índios (os primeiros que chegaram), os Negros, os Portugueses e os Azuis (povos de outras nações).


Em suas palestras Ariano Suassuna diz ser apaixonado por dois tipos de pessoas, o bom Mentiroso (aquele que conta sua mentira e não causa violência a nenhum ser) e o Louco (que conta historias fabulosas). O mentiroso Chicó do “Auto da Compadecida” é uma junção de vários mentirosos que conheceu. Assim suas historias ganharam um grande destaque no Brasil e no Mundo, já que ele trabalha sempre com a mesma ideia, a valorização da Cultura Brasileira, levando ao povo do Brasil, um circo de qualidade, com dança, musica, literatura, teatro, artes plásticas e outras expressões. Sendo um grande contador de história, e como ele mesmo diz, não interessa se ela é uma ficção ou uma verdade, sendo ela boa e que não cause prejuízo ao outro, ela é valida.



Romance

* A História de amor de Fernando e Isaura, (1956)
* O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971).
* História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão/Ao sol da Onça Caetana, (1976).

* O Auto da Compadecida (19...).

Poesia
* O pasto incendiado, (1945-1970)
* Ode (1955)
* Sonetos com mote alheio, (1980)
* Sonetos de Albano Cervonegro, (1985)
* Poemas (antologia), (1999)

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