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Os Mestres da Arte.

Mestre Vitalino.

Depois dele, o artesanato nordestino nunca mais foi o mesmo. Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, como ficou conhecido no Brasil e no mundo, e que completaria nesta sexta, cem anos.

Não deve haver mais que 600 peças do mestre espalhadas no Brasil e no mundo fazem parte do acervo do Museu do Barro, em Caruaru, onde estão também os pífanos com que Vitalino Pereira dos Santos mostrou que era artista não somente na escultura. Os bois são uma espécie de marca registrada do mestre. Depois dos animais vieram as pessoas. Vitalino passou a esculpir cenas do cotidiano. O noivo e noiva a caminho da igreja, o barbeiro e o cliente, os retirantes. Ele moldou no barro até o que provavelmente nunca viu: uma cirurgia. Uma operação, como se diz na região.

O estilo do artesão empresta originalidade a seus objetos, como que a marca pessoal, enquanto o padrão é a marca do grupo. Cada artesão escolhe um estilo, mas não deixa de ser influenciado pelo ambiente (a natureza) em que vive e pelos modos de vida própria da área cultural que pertence. A escolha do campo de trabalho artesanal do ofício ou especialidade é ditada pelo material adequado a transformação e abundante no lugar. Isso ocorre dos recursos naturais.

Mestre Luzia Dantas.

A seridoense Luzia Dantas é a santeira mais importante do Rio Grande do Norte. Desde criança, dedica-se a produzir obras que retratam tipos populares e a vida dos nordestinos: casas de farinha, vaquejadas, carros de boi, retirantes. Mas é como santeira que se tornou famosa. Suas peças de Arte Sacra como  Santana, Santa Luzia, São Francisco, são consideradas obras primas.


Entre as  madeiras, prefere a imburana e usa como instrumentos de trabalho: canivete, sovela, escopo. serrote, lixa, facão e faca. Suas esculturas em estilo barroco impressiona pela riqueza de detalhes sempre minuciosos e delicados. São sempre bem acabadas, lixadas, sem pintura, perfeitas! Em cada peça por ela produzida, observa-se a habilidade da artista nessa arte de fazer esculturas em madeira.

Mestre Chico Santeiro.
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O Mestre Chico Santeiro transformava a madeira em perfeitos tipos nordestinos. Usou também sua arte para esculpir imagens de Santos e Crucifixos. Joaquim Manoel de Oliveira, curiosamente apelidado de Chico Santeiro, herdou do pai o gosto pela escultura em madeira. Natural de Santo Antônio do Salto da Onça- RN, tem peças espalhadas em várias partes do mundo.


Segundo Érico Veríssimo, Chico Santeiro  é considerado um dos três artistas populares mais importantes do Nordeste,( Mestre Vitalino, ceramista de Pernambuco e Francisco Silva, pintor primitivo do Ceará, são os outros dois). Grande parte de sua obra ( mais de sessenta peças) faz parte do acervo do  MAUC - Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. Chico Santeiro faleceu em fevereiro de 1966, e sua arte ainda resiste através das mãos do seu genro Zé Santeiro.

Joaquim Pereira Lima

Nome Artístico: Joaquim de Cota
Data de Nascimento: 19/03/1952
Cidade: Assaré
Tradição Cultural Desenvolvida: Artesanato em Couro

Mestre  Joaquim de Cota, mantém viva a arte de confeccionar objetos utilizados pelo vaqueiro nordestino, como sandálias, bolsas, chapéus, chicote e gibão. Detentor de um saber sertanejo que mantém a identificação da cultura nordestina.

 

Mestre Ambrósio.

Mestre Ambrósio Córdula, nasceu nos arredores da cidade de Acari-RN, no ano de 1958. Desde cedo aprendeu a trabalhar com metal, couro e madeira. Como costuma dizer, gostava de ver a artesã Luzia Dantas trabalhando e ficava fascinado. Quando decidiu procurar seu próprio caminho,  resolveu trabalhar fazendo santos com a madeira  Imburana e fabricando móveis usando Mogno. Mas prometeu a si mesmo que se conseguisse viver como artesão, não trabalharia mais com móveis de mogno. Depois de sofrer um acidente de bicicleta onde quebrou a mão, passou a viver só como Santeiro. Hoje no seu ateliê trabalham mais três pessoas como ajudantes.


O mestre potiguar segue a tradição dos santeiros seridoenses para a criação de imagens sacras em estilo barroco, trabalhadas exclusivamente na madeira. O acabamento de suas esculturas é requintado, usando a técnica de policromia, olhos de vidro e aplicação de folhas de ouro. O resultado de suas produções é maravilhoso, e que inclui o Mestre Ambrósio como um dos melhores artesões desse país.

José Pereira de Oliveira

Nome Artístico: Seu Oliveira
Data de Nascimento: 25/09/1925
Cidade: Aquiraz
Tradição Cultural Desenvolvida: Jangadas

Mestre Oliveira, encontrou um pedaço de madeira e, desde então, reproduziu neste a beleza das jangadas com suas cores,velas e leveza.

Mestre Júlio Cassiano.

Segundo José Nilton de Azevedo, “Júlio José dos Santos nasceu no dia 05 de agosto de 1899, paraibano do município de Areia. Dizia ‘Terra dos Cunha Lima’. Foi criado de Barra de Santa Rosa para o brejo. Com 18 anos de idade veio residir em Jardim do Seridó. Casou-se com Jovina Costa dos Santos, com quem teve os seguintes filhos: José Costa, Expedito, Mário, Arminda, Josefa e Malvina. Era músico desde 1924, quando aprendeu com o mestre Honório Maciel, de São João do Sabugi”.



Júlio Cassiano constitui um dos principais nomes da cultura do Rio Grande do Norte. Pertencente a uma família de santriros, onde se destaca o seu pai e suas irmãs Teodoro e Paulina, Júlio herdou esta tradição familiar inovando na sua arte de imaginar o sagrado. Esculpindo em imburana, árvore nativa da região, de suas mãos surgem santos, ex-votos, Negros do Rosário, Bandas de Música, dentre outros.

Mestre Etwaldo do Santiago.​

Mestre Etewaldo se fez eternizar através das suas inúmeras criações que se espalham pelos verdes canaviais de Ceará mirim, cidade adotada por ele para constituir família. Das suas mãos também tomaram formas, a partir da modelagem do barro, os tipos humanos da cultura nordestina, tais como: O vaqueiro; A rendeira; Os cantadores de viola; As lavadeiras; As famílias “Severina” de crianças de ventre crescido e raquíticas, dentre outras. Todas com expressões carregadas de sofrimentos percebidas pelo autor. Uma curiosidade é que o uso do barro, identificador da sua produção, é posterior à madeira (matéria-prima das primeiras esculturas e que ele usou ao longo da sua vida).



Dentre as obras de maior destaque que ainda se encontram em nosso Estado se encontra o painel na Praça Edgar Varela, que retrata o trabalho árduo nas plantações da cana de açúcar fazendo eternizar-se a tecnologia da época – as carroças puxadas à boi; O cortador de cana, na entrada da cidade de Ceará mirim e o busto de Frei Damião, no Largo da Matriz desta mesma cidade. As imagens sacras, as rendeiras, o cortador de cana, o pescador, o agricultor, o lenhador, o cangaceiro as figuras nordestinas continuaram por muito tempo a serem esculpidas no mesmo local.

Mestre Ivan do Maxixe.

I​van do Maxixe é filho de agricultores e viveu sua vida inteira nos sítios ou pequenas comunidades. Por essa razão, suas esculturas expressam as cenas do sertão potiguar, como um carro pipa puxado por vários bois, o vaqueiro derrubando o gado, além das imagens de Nossa Senhora de Santana, São Francisco, entre outros santos populares. Ivan também esculpe cabeças e membros do corpo para ex-votos pagar promessas.

Seu pequeno atelier funciona na própria comunidade do Riacho do Maxixe, onde ele atende aos visitantes e alguns marchantes que vêm de Natal e de João Pessoa para comprar suas peças. Ivan do Maxixe é um dos principais santeiros em atividade no Rio Grande do Norte, com seus trabalhos ricos em detalhes.

Mestre Chico Santeiro.
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O Mestre Chico Santeiro transformava a madeira em perfeitos tipos nordestinos. Usou também sua arte para esculpir imagens de Santos e Crucifixos. Joaquim Manoel de Oliveira, curiosamente apelidado de Chico Santeiro, herdou do pai o gosto pela escultura em madeira. Natural de Santo Antônio do Salto da Onça- RN, tem peças espalhadas em várias partes do mundo.


Segundo Érico Veríssimo, Chico Santeiro  é considerado um dos três artistas populares mais importantes do Nordeste,( Mestre Vitalino, ceramista de Pernambuco e Francisco Silva, pintor primitivo do Ceará, são os outros dois). Grande parte de sua obra ( mais de sessenta peças) faz parte do acervo do  MAUC - Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. Chico Santeiro faleceu em fevereiro de 1966, e sua arte ainda resiste através das mãos do seu genro Zé Santeiro.

Mestre Zé Santeiro.
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Nascido em uma família de trabalhadores na monocultura da cana-de-açúcar na região do Cabo de Santo Agostinho, distante 50 Km do Recife, aos 15 anos respondeu a um anúncio de emprego, iniciando aí  uma saga que mais tarde se transformaria em sua verdadeira razão de viver. Naquele primeiro emprego na Casa Paz, em que permaneceu por dois anos como restaurador de peças antigas, despontava definitivamente o Zé Santeiro, como ficou carinhosamente conhecido, que depois veio a trabalhar no Rio de Janeiro com os respeitados Irmãos Marcolino, aperfeiçoando-se com estes em seu mister, depois, passando a trabalhar na Casa Japonesa,  renomado restaurador da capital paulista.



Conhecimento e um grande acervo, resolveu abrir um Antiquário em São Paulo, na famosa Rua Oscar Freire, nos Jardins, onde também prestava serviços de restauração.

Gilberto Ferreira de Araújo

Nome Artístico: Gilberto Calungueiro
Data de Nascimento: 06/10/1942
Cidade: Icapuí.
Tradição Cultural Desenvolvida: Teatro de Bonecos

Mestre Gilberto Calungueiro, é apaixonado pelo trabalho do teatro de bonecos. Tem 51 anos de dedicação e contribuição à cultura popular, além de ser responsável pelo entretenimento da sua comunidade.

Joviniano Alves Feitosa

Nome Artístico: Mestre Joviniano
Data de Nascimento: 06/02/1913
Cidade: Crateús
Tradição Cultural Desenvolvida: Mestre Santeiro

Mestre Joviniano, filho de carpinteiro e neto de santeiro, desenvolveu sua arte vendo o avô esculpir imagens. Hoje é reconhecido como um dos maiores representantes do Estado na confecção de imagens sacras em madeira, que tão bem retratam a religiosidade popular do povo nordestino. Seu trabalho se diferencia pelo acabamento irrepreensível de imagens  religiosas de gestos e expressões eloqüentes.

Mestre José Arcanjo dos Santos (Jocanto).

JOCANTO Baiano de Juazeiro (BA), onde nasceu no ano de 1949 no distrito de Salitre.Começou a trabalhar em madeira ainda muito novo por iniciativa própria quando morava em Salitre.

Para melhorar a renda familiar empregou-se na Companhia Bahiana de Navegação, como funileiro, quando por sugestão do seu chefe imediato foi induzido a produzir as carrancas que já começavam a ficar famosas.As suas carrancas têm uma acentuada marca pessoal distanciando -se dos modelos das antigas figuras de proa das barcas.São peças grandes variando de 80 cm a 1 metro de altura, bem trabalhadas predominando as cores amarelas e marrom e, para fabricá-las usa apenas o serrote, o formão, a grosa, a goiva e o enxó..

Mestre Antônio Pinto Fernandes.
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Nome Artístico: Mestre Antônio

Data de Nascimento: 12/05/1924

Cidade: AuroraTradição Cultural

Desenvolvida: Construtor de Rabecas

 

"Rabequeiro Instrumentista que toca uma espécie de violino não-padronizado, que anima as festas e folguedos populares no interior do Brasil"

 

Mestre Antônio, construtor e tocador de rabeca. Fez sua primeira rabeca ainda criança, continuando o ofício até hoje, produzindo exemplares bem acabados e com rica sonoridade. Residiu em Minas Gerais, o que resultou numa influência da cultura mineira na fabricação de suas rabecas. Na fabricação do instrumento musical utiliza facas velhas, tesouras e uma infinidade de artimanhas.

Manoel Graciano Cardoso dos Santos

 

Nome Artístico: Mestre Graciano

Data de Nascimento: 18/07/1926

Cidade: Barbalha

Tradição Cultural Desenvolvida: Artesanato em Madeira

 

Mestre Graciano, é considerado uma referência na cultura brasileira. São inconfundíveis seus traços e acabamentos em obras arquitetadas a partir de troncos, de onde emanam flores, frutos e bichos, que cristalizam a natureza em seu estado de pureza.

Maria Pereira da SilvaNome

 

Artístico: Dona Tatai

Data de Nascimento: 08/06/1927

Cidade: Juazeiro do Norte

Tradição Cultural Desenvolvida: Lapinha

 

Mestra Dona Tatai, carrega consigo o orgulho de coordenar a mais tradicional e antiga lapinha de Juazeiro do Norte. Metade da sala de visitas da sua casa é tomada pelo belíssimo presépio, herdado de sua mãe, que fundou a Lapinha Santa Clara em 1912.

Zulene Galdino Sousa

Nome Artístico: Mestra Zulena
Data de Nascimento: 02/03/1949
Cidade: Crato
Tradição Cultural Desenvolvida: Pastoril, Dança do coco, Maneiro Pau.


"Maneiro-Pau Dança coletiva animada por um improvisador de repentes ao som de um pandeiro, que mimetiza um combate travado entre caboclos, utilizando cacetes"

Mestra Zulena, é membro fundadora da Fundação do Folclore Mestre Eloi. Desde a infância dançava quadrilha junina, tendo criado dois grupos, um de crianças e outro de jovens. Sua dedicação ao folclore se revela nas preciosidades que ela apresenta em folguedos e brincadeiras da cultura nordestina.

Sebastião Alves Lourenço

Nome Artístico: Sebastião Chicute
Data de Nascimento: 24/04/1934
Cidade: Capistrano
Tradição Cultural Desenvolvida: Cordelista

Mestre Sebastião Chicute, além de mestre de reisado, tem também a arte de fazer versos como autor de livros de cordel e de canções sertanejas. Teve sua vida toda dedicada à cultura, através de seu esforço pessoal, sem apoio oficial, sempre se procurou manter viva a tradição do cordel e reisado.

Raimundo José da Silva

Nome Artístico: Raimundo Aniceto
Data de Nascimento: 14/02/1936
Cidade: Crato
Tradição Cultural Desenvolvida: Banda Cabaçal


"Banda Cabaçal Conjunto musical popular em todo Cariri cearense, composto por dois pífanos, tarol, zabumbada e prato, cujos integrantes dança coreografias relativas às melodias tocadas."

Raimundo José da Silva, cratense, 50 anos na atividade de Banda Cabaçal. Integrante-líder da tradicionalíssima Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto que já percorreu todas as regiões do Brasil. O conjunto, composto por 6 integrantes, foi tombado (em nível municipal) como Patrimônio Imaterial do Município do Crato.      O conjunto vem transmitindo, através de gerações, os seus conhecimento musicais e a arte da fabricação dos instrumento musicais (pífanos, zabumbadas, caixas, etc.) com emprego de materiais locais (madeira, couro, etc).

Joaquim Mulato de Sousa

Nome Artístico: Mestre Biro
Data de Nascimento: 03/02/1920
Cidade: Barbalha
Tradição Cultural Desenvolvida: Penitente
 

"Coral Penitentes Conjunto de coral que apresenta os cânticos e rituais das antigas irmandades de penitentes, incluindo caminhadas, rezas, ladainhas, beneditos e incelenças"

Joaquim Mulato de Sousa, natural de Barbalha, penitente, 60 anos de atividade. Seu Joaquim, ou Mestre Joaquim Mulato como é mais conhecido, quando era “rapazim”, cerca de 12 anos, ouviu, numa noite de lua clara, vozes que cantavam o “ABC do Divino”. Ele achou bonito e perguntou à madrinha quem eram. A resposta foi de que se tratavam dos penitentes. Quando seu pai morreu, ele, com dezesseis anos, pediu licença ao decurião José Francisco da Silva, o Mestre Biro, para fazer parte da Ordem. Quando o velho já não estava mais sabendo cantar os bendidos, Joaquim assumiu o comando do grupo, que lidera até hoje.

Pedro Alves da Silva

 

Nome Artístico: Mestre Pedro

Data de Nascimento: 26/12/1926

Cidade: Guaramiranga

Tradição Cultural Desenvolvida: Artesanato com trançado em cipó de imbé.

 

Mestre Pedro, gosta de ser chamado “o homem da cestinha”. Já participou de várias feiras e exposições coordenadas pela Ceart - Central de Artesanato do Ceará, sempre como referência do trançado em cipó de imbé.

João Evangelista dos Santos

Nome Artístico: João Mocó
Data de Nascimento: 27/12/1931
Cidade: Granja
Tradição Cultural Desenvolvida: Bumba-meu-Boi


"Boi Folguedo popular, que em Sobral faz parte do ciclo junino, encontrado com variantes em todo o Brasil, tendo por episódio central a morte e ressurreição do Boi."

Mestre João Mocó, iniciou aos 14 anos sua participação em grupo de dança de bumba-meu-boi. Desde 1970, é o primeiro mestre do grupo reconhecido pela sua dedicação e zelo, sendo responsável, inclusive, pelo repasse e preservação desta manisfestação artística em sua região.

Miguel Francisco da Rocha

Nome Artístico: Mestre Miguel
Data de Nascimento: 14/09/1942
Cidade: Juazeiro do Norte
Tradição Cultural Desenvolvida: Banda Cabaçal.


"Banda Cabaçal Conjunto musical popular em todo Cariri cearense, composto por dois pífanos, tarol, zabumbada e prato, cujos integrantes dança coreografias relativas às melodias tocadas."

Miguel Francisco da Rocha, juazeirense, tocador de banda cabaça, com 55 anos de atividade. Mestre Miguel, poeta, Mateu e Mestre de Banda, Cabaçal toca, canta e dança, como também fabrica seus próprios instrumentos. Já se apresentou em vários estados brasileiros,inclusive no exterior.Sua música tem servido como elemento de pesquisa para grandes nomes da música brasileira como Gilberto Gil, Fagner e Alceu Valença.

Joaquim Pessoa Araújo

Nome Artístico: Mestre Juca do Balaio
Data de Nascimento: 30/01/1923
Cidade: Fortaleza
Tradição Cultural Desenvolvida: Maracatu
 

"Maracatu Folguedo afro-brasileiro, que sai atualmente no Carnaval, representando o cortejo do povo e das cortes africanas, que antecede a coroação dos Reis negros, como acontecia no Brasil"

Joaquim Pessoa de Araújo, fortalezense, 35 anos de atividade no maracatu. O Mestre Juca do Balaio é o mais antigo brincante em atividade no Maracatu de Fortaleza.Compositor, tirador de loas, desfila como o balaieiro no Maracatu Az de Ouro.

Francisco Pedrosa de Sousa

Nome Artístico: Panteca
Data de Nascimento: 03/02/1920
Cidade: Sobral
Tradição Cultural Desenvolvida: Boi-Bumbá
 

"Boi Folguedo popular, que em Sobral faz parte do ciclo junino, encontrado com variantes em todo o Brasil, tendo por episódio central a morte e ressurreição do Boi."

São 40 anos dedicados ao Bumba-meu-boi. O amor de Mestre Panteca pelo reisado pode ser visto nas apresentações do seu Boi Ideal. O seu maior objetivo é manter viva essa manifestação cultural, para ele ver o Boi dançando, o que é motivo de muita alegria.O grupo de Mestre Panteca é formado por mais de trinta brincantes. Na brincadeira se destacam além do Boi, a Burrinha, o Vaqueiro, Cazuza e Donana. O reconhecimento maior veio com o título de Mestre da Cultura Tradicional Popular Cearense recebido em junho de 2004.

José Aldenir Aguiar

Nome Artístico: Mestre Aldenir
Data de Nascimento: 20/08/1933
Cidade: Crato
Tradição Cultural Desenvolvida: Reisado
 

"Reisado Folguedo do ciclo natalino, que representa o cortejo dos Reis Magos em peregrinação à Terra Santa, durante a qual faz autos, travando batalhas e apresentando espetáculos"

José Aldenir Aguiar, cratense, mestre de reisado, com cerca de 49 anos de atividade. O Mestre Aldenir mantém três grupos folclóricos em funcionamento, um masculino,um feminino e um infantil, envolvendo mais de 60 pessoas. Reconhecido pela sua gente, Mestre Aldenir é um ícone da preservação da cultura do reisado, tanto que em 1997 foi agraciado com a placa e o título honorífico de Mestre do saber e das artes do povo do Cariri pela Secretaria de Cultura do Município do Crato.

José Matias da Silva

Nome Artístico: Seu Zé Matias
Data de Nascimento: 15/09/1925
Cidade: Caririaçu
Tradição Cultural Desenvolvida: Reisado
"Reisado

 

Folguedo do ciclo natalino, que representa o cortejo dos Reis Magos em peregrinação à Terra Santa, durante a qual faz autos, travando batalhas e apresentando espetáculos"

Mestre Zé Matias, agricultor, ainda trabalha na roça, mas sempre pratica sua dança do reisado nos grandes eventos da região. Segundo o próprio Mestre Zé Maria, estas apresentações em públicos são momentos de extrema alegria e realização pessoal.

Lúcia Rodrigues da Silva

Nome Artístico: Lúcia Pequena
Data de Nascimento: 24/12/1959
Cidade: Limoeiro do Norte
Tradição Cultural Desenvolvida: Cerâmica em Barro


"Artesanato de Barro Artesanato de origem indígena, espalhado por todo o território cearense, cujos agentes, as famosas louceiras de barro, trabalham a argila, moldando objetivos vários"

Lúcia Rodrigues da Silva, Jaguaribana, ceramista, 44 anos de atividade. A artesã conhecida popularmente como Lúcia Pequena é especialista na fabricação de peças de barro desde os 10 anos. Atualmente suas peças estão em exposição no Centro de Artesanato em Fortaleza e na Central de Artesanato em Limoeiro do Norte, sua terra natal.

Maria Margarida da Conceição

Nome Artístico: Margarida Guerreira
Data de Nascimento: 21/06/1935
Cidade: Juazeiro do Norte
Tradição Cultural Desenvolvida: Reisado
"Reisado

 

Folguedo do ciclo natalino, que representa o cortejo dos Reis Magos em peregrinação à Terra Santa, durante a qual faz autos, travando batalhas e apresentando espetáculos"

Maria Margarida da Conceição, trabalha com reisado há 61 anos, na ocupação de Mestre Guerreira. Margarida Guerreira, como é mais conhecida, descobriu aos oito anos que já tinha admiração pelas brincadeiras populares que vivenciara em sua infância em Alagoas. Com a chegada de sua família a Juazeiro do Norte, movida pela fé no Padre Cícero, Margarida se depara com várias manifestações populares. A partir desse momento se encanta. Pouco depois, funda o grupo “As Guerreiras de Joana D´arc”, reisado formado só por mulheres, três treme-terra, blocos de moças com espadas, que até hoje resiste pela sua força de cantar e dançar a arte do povo nordestino.

Raimundo Zacarias

Nome Artístico: Doca Zacarias
Data de Nascimento: 19/09/1929
Cidade: Milagres
Tradição Cultural Desenvolvida: Congala
"Congos

 

Folguedo remanescente das festas de coroação de Reis negros, que incluem além do cortejo e da coroação, a rememoração de batalhas, brincadeiras e a devoção a N. S. do Rosário"

Raimundo Zacarias, natural de Milagres, 67 anos de atividade na congada. Doca Zacarias se distingue por seu rico acervo folclórico local e por manter acesa a história bicentenária do Grupo de Congo do Município.

Manoel Antonio da Silva

Nome Artístico: Mestre Bigode
Data de Nascimento: 04/07/1983
Cidade: Juazeiro do Norte
Tradição Cultural Desenvolvida: Maneiro-pau
"Maneiro-Pau

 

Dança coletiva animada por um improvisador de repentes ao som de um pandeiro, que mimetiza um combate travado entre caboclos, utilizando cacetes"

Manoel Antonio da Silva, popularmente conhecido como Mestre Bigode desde os idos de 1942, quando iniciou brincando maneiro-pau em Juazeiro do Norte – CE com um grupo formado por 12 homens, onde interpretava músicas em reverencia ao cangaço, a Coluna Prestes,Luiz Gonzaga, dentre outras “celebridades” nordestinas. Era o maneiro-pau de Bigode que sempre alegrava as festas de padroeiras e o imaginário popular da região do Cariri.Já na década de 70, Mestre Bigode criou o grupo de bacamarteiros com sede em Juazeiro do Norte que até hoje alegra as aberturas das festas populares com grandes salvas de tiros.

Maria de Lourdes Cândido Monteiro

Nome Artístico: Maria Cândido
Data de Nascimento: 11/02/1939
Cidade: Juazeiro do Norte
Tradição Cultural Desenvolvida: Artesanato
"Artesanato de Barro

 

Artesanato de origem indígena, espalhado por todo o território cearense, cujos agentes, as famosas louceiras de barro, trabalham a argila, moldando objetivos vários."

Maria de Lourdes Cândido Monteiro, Juazeiro do Norte, artesã, 35 anos de atividades. A história de Maria Cândido é bem conhecida e aclamada pelos pesquisadores. Em1969, 30 anos depois da sua chegada a Juazeiro, Maria Cândido revela-se uma das maiores artesãs do Brasil, desenvolvendo temas variados feitos em peças de barro que já percorreram o Brasil e países como França, Alemanha, Holanda e Estados Unidos.

Walderêdo Gonçalves de Oliveira

Nome Artístico: Walderêdo
Data de Nasc.: 19/04/1920
Cidade: Crato
Tradição Cultural Desenvolvida: Xilogravura

Walderêdo Gonçalves de Oliveira, xilógrafo, 65 anos de atividade. Mestre Walderêdo tem inúmeros trabalhos em casas de cultura e museus do exterior. Já foi tipógrafo,torneiro mecânico, pintor, eletricista.

Antônio Rodrigues Trajano

Nome Artístico: Antônio Hortêncio
Data de Nascimento: 04/07/1928
Cidade: Varjota
Tradição Cultural Desenvolvida: Rabequeiro
"Rabequeiro

 

Instrumentista que toca uma espécie de violino não-padronizado, que anima as festas e folguedos populares no interior do Brasil"

Antônio Rodrigues Trajano, Antônio Hortêncio, é filho de carpinteiro e tecelã. Aos 15 anos reconstruiu uma rabeca a partir dos pedaços de outra. Antes do conserto, ele pediu-a emprestada: “dois dias depois eu devolvi a rabeca e tinha composto um samba e uma marcha, ninguém me ensinou nada, tomei gosto pelo toque”. Desde então, Antônio Hortêncio nunca mais parou e aprendeu a tocar outros istrumentos, sendo a rabeca o seu instrumento preferido. Com repertório eclático, anima de festas a missas.

Francisca R. Ramos do Nascimento

Nome Artístico: Dona Francisca
Data de Nascimento: 03/01/1939
Cidade: Viçosa do Ceará
Tradição Cultural Desenvolvida: Arte em Cerâmica


"Artesanato de Barro Artesanato de origem indígena, espalhado por todo o território cearense, cujos agentes, as famosas louceiras de barro, trabalham a argila, moldando objetivos vários"

Francisca R. Ramos do Nascimento, Dona Francisca, é descendente de índios e herdou a arte de moldar o barro de seus pais e avós, que se utilizam desde saber para fabricar utensílios para uso domético. Dona Francisca aprimorou a arte e passou a moldar, além dos utensílios, estátuas e bustos de figuras populares que são expostas em várias feiras do Ceará.

Gertrudes Ferreira dos Santos

Nome Artístico: Dona Gerta
Data de Nascimento: 03/09/1927
Cidade: Fortaleza
Tradição Cultural Desenvolvida: Dança da Cana Verde


"Dança da Cana Verde Contra-dança de origem portuguesa, que celebra um casamento da Corte Real"

Gertrudes Ferreira dos Santos – Dona Gerta – mantém e particida da Dança da Cana verde há 610 anos. Viúva do ex-líder do grupo, José dos Santos, Dona Gerta assumiu a liderança como forma de mantê-lo vivo em sua lembrança. Aos 78 anos de idade, é ela quem repassa a música, o figurino, os adereços e os significados da dança para o grupo composto por 34 brincantes, que são parentes e amigos da comunidade de pescadores do bairro do Mucuripe, onde reside.

José Francisco Rocha

Nome Artístico: Mestre Zé Pio
Data de Nascimento: 04/12/1946
Cidade: Fortaleza
Tradição Cultural Desenvolvida: Bumba-Meu-Boi


"Boi Folguedo popular, que em Sobral faz parte do ciclo junino, encontrado com variantes em todo o Brasil, tendo por episódio central a morte e ressurreição do Boi."

Mestre Zé Pio é o guardião da memória de vários bois de Fortaleza. Começou a brincar de boi aos três ano de idade e mais tarde tornou-se o índio do Boi Reis de Ouro. Ao 13 anos, passou a dançar no Boi Ceará, onde foi primeiro capitão e tornou-se então vaqueiro. Aos 20 anos decidiu formar seu próprio grupo, o Boi Terra e Mar. Hoje, mestre Zé Pio coordena o Boi da Juventudade, integrado por jovens da Barra do Ceará e criado para não deixar morrer a tradição.

Maria Alves de Paiva
Nome Artístico: Dona Branca
Data de Nascimento: 17/07/1941
Cidade: Ipu
Tradição Cultural Desenvolvida: Cerâmica
 

"Artesanato de Barro Artesanato de origem indígena, espalhado por todo o território cearense, cujos agentes, as famosas louceiras de barro, trabalham a argila, moldando objetivos vários"

Maria Alves de Paiva, Dona Branca,.é moradora da localidade de Alegria, no município de Ipu, e começou a fazer louça de barro aos 10 anos de idade, com sua avó. Apelidade de Branca por uma pele alva, seu início no ofício foi escondido, pois seu pai não queria que a filha trabalhasse. Com o passas do tempo, seu pai possou a vender o que Branca fabricava, chegando a ir à “Feirona de Ipu”. Dona Branca ensinou o ofício às suas filhas: “é o que agente pode ensinar“.

Dina Maria Martins Lima

Nome Artístico: Dona Dina
Data de Nascimento: 21/08/1954
Cidade: Canindé
Tradição Cultural Desenvolvida: Vaqueira e Aboiadora


"Vaqueira e Aboiadora Mestre que lida com o gado, que se destaca nas vaquejadas e festas de apartação, derrubando rezes e cantando aboios"

Dona Dina aos 51 anos de idade é a “Rainha dos Vaqueiros”. É vaqueira e aboiadora desde os 14 anos e já virou inspiração para filmes, cordéis, livros e matérias jornalísticas. Fundou a Associação dos Vaqueiros e Aboiadores do Sertão Central, com sede em sua cidade, Canindé, e a preside desde a sua fundação, já em seu sexto mandato. Dona Dina Tornou-se a maior incentivadora dos costumes e tradições do vaqueiro no Ceará, seja através da Associação ou de sua luta individual.

Francisco das Chagas da Costa

Nome Artístico: Mestre Chico
Data de Nascimento: 20/05/1959
Cidade: Limoeiro do Norte
Tradição Cultural Desenvolvida: Bumba-Meu-Boi


"Boi Folguedo popular, que em Sobral faz parte do ciclo junino, encontrado com variantes em todo o Brasil, tendo por episódio central a morte e ressurreição do Boi."

Francisco das Chagas Rocha, o Mestre Chico, é morador da localidade de Faceira, em Limoeiro do Norte, e começou a brincar o Bumba-Meu-Boi aos 10 anos de idade, ao lado do pai, o Mestre Zé Nogueira, e do seu tio, o reconhecido Mestre João Cabloco. Mestre Chico conta que eles aprenderam a brincadeira com uma companhia da Bahia que passou por lá na década de 20 do século passado. Foi aí que surgiu o Boi Pai do Campo de Faceira, que já completou 80 anos de tradição. Mestre Chico assumiu o posto de seus familiares e hoje é um profundo conhecedos dessa cultura.

José Demétrio de Araújo

Nome Artístico: Mestre Cirilo
Data de Nascimento: 13/08/1953
Cidade: Bela Vista - Crato
Tradição Cultural Desenvolvida: Maneiro-Pau, Coco e São Gonçalo


"Maneiro-Pau Dança coletiva animada por um improvisador de repentes ao som de um pandeiro, que mimetiza um combate travado entre caboclos, utilizando cacetes"


"CocoDança de trabalho de origem ricana que inclui uma roda animada pela batida de um ganzá ou de um caixão, além de um desafio de sapateado com a umbigada."
"Dança de São Gonçalo Dança de coreografia coletiva, de caráter religioso, em devoção a São Gonçalo"

José Demétrio Araújo, mais conhecido como Mestre Cirilo é um dos ícones da cultura tradicional popular cearense. Nasceu e vive no crato, onde brincou reisado, dançou coco, a dança de São Gonçalo e Maneiro-Pau da Bela Vista, antiga Vila Padre Cícero. Além de pertencer a um grupo de Maneiro-Pau formado por adultos, que é referência no Estado, Mestre Cirilo também mantém um grupo infantil, o que demonstra o seu espiríto de preservação e transmissão dos conhecimentos às novas gerações.

José Pedro de Oliveira

Nome Artístico: José Pedro
Data de Nascimento: 13/06/1929
Cidade: Barbalha
Tradição Cultural Desenvolvida: Reisado de Couro


"Reisado Folguedo do ciclo natalino, que representa o cortejo dos Reis Magos em peregrinação à Terra Santa, durante a qual faz autos, travando batalhas e apresentando espetáculos"

José Pedro de Oliveira – José Pedro – começou sua atividade de “brincador” de reisado de couro no sítio Barro Vermelho, em Barbalha, há 50 anos. Hoje, aos 76 anos de idade, José Pedro é o mais velho integrante do grupo e atual chefe. Apesar da idade ela não perde o rítmo e ainda etm ânimo para ensinar aos mais jovens.

Maria Edite Ferreira Meneses

Nome Artístico: Dona Edite
Data de Nascimento: 19/03/1952
Cidade: São Luiz do Curu
Tradição Cultural Desenvolvida: Rede de Travessa


"Rede de Travessa Técnica artesanal de origem indígena para a fabricação de redes, os fios são tencioanados numa grade de madeira (travessa), sendo então costurados"

Maria Edite Pereira dos Santos, Dona Edite, foi iniciada na tecelagem aos 14 anos de idade por sua tia, preservando a tradição de seus ancestrais, os índios Tremembés de São Luiz do Curu. Dona Edite confecciona suas redes em travessas, de forma totalmente artesanal, e já ensinou o ofício aos seus filhos.

Zilda Eduardo Nascimento

Nome Artístico: Dona Zilda
Data de Nascimento: 02/04/1927
Cidade: Guaramiranga
Tradição Cultural Desenvolvida: Dramas
 

"Dramas Pequenas encenações com diálogos cantados sobre motivos líricos ou cômicos, interpretadas geralmente por mulheres e crianças"

Zilda Eduardo Nascimento é mestre dos Dramas e os compõe desde a infância. Segunda ela, já fez drama “até por encomenda” para alegrar festas de igreja, noites de domingo, acontecimentos cívicos e políticos. Quando Guaramiranga ainda não conhecia o teatro, Dona Zilda encarregou-se de formar platéia para suas noiteadas de dramas. Foi do grupo de Dona Zilda que surgiram as pessoas que fundaram o primeiro grupo de teatro de Guaramiranga, o Cangalha. Um dos maiores tesouros da Cultura de Guaramiranga é o “Caderno de Dramas” que Dona Zilda organizou para registrar seus conhecimentos e “garantir que as pessoas mais jovens conheçam nossos dramas”.

Antônio Batista da Silva

Nome Artístico: Mestre Piauí
Data de Nascimento: 15/09/1939
Cidade: Quixeramobim
Tradição Cultural Desenvolvida: Boi de Reisado


"Boi Folguedo popular, que em Sobral faz parte do ciclo junino, encontrado com variantes em todo o Brasil, tendo por episódio central a morte e ressurreição do Boi."


"Reisado Folguedo do ciclo natalino, que representa o cortejo dos Reis Magos em peregrinação à Terra Santa, durante a qual faz autos, travando batalhas e apresentando espetáculos"

Antônio Batista da Silva, Mestre Piauí, é um dos responsáveis pela permanência do reisado no município de Quixeramobim. De brincante passou a mestre do Boi de Antônio Maria Águeda, o “Das Águias”, tornando-se o principal mestre-de-boi em atividades no município, esforçando-se, apesar das dificuldades e da saúde frágil, para manter a tradição do boi e transmiti-la às novas gerações.

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