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Novos Baianos.

Novos Baianos.
Salvador - Bahia
1969.
Site: http://www.novosbaianos.com.br

Carreira

Os "Novos Baianos" foram um exemplo lapidar de um grupo pautado na  base cultural brasileira, mas com toda uma preocupação de ter um som com elementos universais. Ativo entre os anos de 69 e 79, o grupo lançou oito trabalhos que viraram marcos no contexto da música popular brasileira e até do rock brasileiro dos anos setenta.


                                                                                                Os hippies nordestinos.

Dadi
Baixinho
Bolacha
Baby Consuelo
Luiz Dias Galvão

Morais Moreira
Pepeu Gomes
Jorginho Gomes
Paulinho Boca de Cantor


Utilizando-se de diversos gêneros musicais brasileiros,  o grupo cozinhou em seu caldeirão João Gilberto, Luiz Gongaga, choro, afoxé, e toda a parafernália eletrica de Dodô a Jimmy Hendrix. Os Novos Baianos tornaram-se emblemáticos dentro da indústria cultural brasileira pela constante referência às matrizes musicais nordestinas incorporando  também tangos,  sambas  e boleros, operando  a  clássica infusão tropicalista, divulgada alguns anos antes pelos seus conterrâneos  tropicalistas Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil  e  Tom  Zé.

Influenciados pela  contracultura e pela emergente Tropicália, Luiz Dias Galvão (Juazeiro/Ba, letras) Morais Moreira (Antônio Carlos de Moraes Pires Moreira -Ituaçu/Ba, 08/07/47), Paulinho Boca de Cantor (Paulo Roberto de Figueiredo  -Santa Inês/Ba, 28/07/47), Baby do Brasil - ex-Baby Consuelo  (Consuelo  Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade -Niterói/RJ, 12/05/52) tocam  juntos pela primeira vez em Salvador, no  show "Desembarque  dos Bichos  Depois do  Dilúvio", em 69. Ainda neste ano se inscrevem no "V Festival de MPB  da TV  Record", com a música  De  Vera.

Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália. Contava com Moraes Moreira (compositor, vocal e violão), Baby Consuelo (vocal), Pepeu Gomes (Guitarra), Paulinho Boca de Cantor (vocal),Dadi (baixo) e Luiz Galvão (letras) entre outros. O segundo disco do grupo, Acabou Chorare, que mescla guitarra elétrica, baixo e bateria com cavaquinho, chocalho, pandeiro e agogô, foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor disco da história da música brasileira em outubro de 2007.

Arte.

Cantores
Percussionistas
Compositores
Produtores

Musicos

Alguns Sons.

Discografia.

Primeiro LP com influência Tropicalista.

O primeiro disco é tido como um petisco tropicalista para os colecionadores e marca a  estréia musicada  do poeta  Galvão,  que com seu lirismo louco e canábico soube retratar bem os vários temas ligados à  sua geração e que mantém elo identificatório até com as gerações mais novas. Estrada, futebol,  as ladeiras e belezas da Bahia, tudo foi cantado pela lira juazeirense de Galvão.

Nas apresentações  em palco  e gravações, o grupo era acompanhado inicialmente  pelo  grupo "Os Leifs" ,  do qual faziam parte Pepeu Gomes e seu irmão baterista, Jorginho Gomes.  O guitarrista Pepeu Gomes, que logo iria s casar com a vocalista da banda, ao se incorporar definitivamente ao grupo, passa, juntamente com Mores Moreira, a ter um papel de arranjador musical no Novos Baianos, o que ficou mais perceptível nos  últimos discos.

Em 71, se  fixam no Rio de  Janeiro em uma  cobertura e no ano seguinte mantém contato com João Gilberto, que passa alguns dias com eles. Sobre o episódio, Galvão comentaria mais tarde que, quando viu um senhor usando  terno  e gravata, achou que se tratava de um agente da Polícia  Federal.

O estouro nacional com o segundo LP.

A influência do já consagrado bossanovista foi sentida no próximo  album, o clássico  Acabou Chorare, lançado pela Som Livre, e  seria  decisiva em  outros albuns quando se tentou uma fusão de rock com MPB. Este disco se configurou no  uúnico momento de carreira da banda  em  que foram unanimidade  de público  e crítica.



A projeção nacional vem  com os hits, " Preta Pretinha" , "Besta é Tú"  e a regravação de "Brasil Pandeiro", homenagem do grupo a outro baiano, o compositor santoamarense , Assis Valente. Por essa época, os "Novos Baianos" incorporam à sua formação o subgrupo "A Cor do Som", composto por Pepeu Gomes, seu irmão Jorginho Gomes  (Jorge Eduardo de Oliveira Gomes -Salvador/Ba, 23/08/54) na bateria, Dadi (Eduardo Magalhães de Carvalho - Rio de Janeiro/RJ, 16/08/52), no baixo; e José Roberto Martins Macedo (São Paulo, 15/08/50), o Baixinho, na percussão e Bolacha (Carlos Alberto Oliveira) na percussão. O subgrupo acaba por servir de sólida  base ritmica para o som elétrico dos "Novos Baianos".



Com  este novo núcleo eles  tinham um regional onde os vários membros tocam percussão, bandolim, cavaquinho e pandeiro passeando prelos choros, rocks frevos e baiões como se tudo  isso  tivesse nascido junto. O núcleo vocal era  formado  por Baby Consuelo, Moraes e  Paulinho Boca  de Cantor. Em 73, já fixados num sítio no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, passam a dividir o tempo entre a música e futebol contando com  a  presença de  visitantes ilustres  como  o ex-atacante do Flamengo, Afonsinho. Neste aspecto, os "Novos Baianos" conseguiram realizar uma obra de qualidade duradoura e inovadora, em termos rítmicos  e  líricos.

Em pleno  clima de fechamento das liberdades democráticas por conta do  regime militar, os "Novos Baianos"  viviam como uma comunidade quase que  anárquica. Fruto dessa convivência existencial e artística, o grupo lança o álbumNovos  Baianos Futebol Clube, de 73, lançado pela Continental. Destaques desse  LP são as  faixas: O Samba da Minha Terra, de Dorival Caymmi, numa releitura com  arranjos que  se dissolvem numa orgia de guitarras; e Alimente, um  chorinho-baião instrumental. No ano seguinte, lançamNovos Baianos, ainda com Moraes  Moreira, que  partepara carreira-solo. Este álbum tem como destaque a faixa O rei da Bola, um frevo afro de Moraes, Pepeu e Galvão, que homenageia o futebol brasileiro.

O início do fim.



Desfalcado  de  Moraes, co-autor da  maioria das letras em parceria com Galvão, os "Novos Baianos"  tem na figura de  Pepeu  Gomes o seu eixo instrumental, fato que fica perceptível no álbum  seguinte Vamos para o Mundo. O grupo ganha o reforço do dançarino Gato Félix para dar maior enfoque cênico às apresentações. Neste álbum predominam as faixas instrumentais que são calcadas no choro, samba, baião e outros gêneros enraizados na cultura popular nordestina.

O próximo álbum, Caia na Estrada e Perigas Ver,lançado pela gravadora Tapecar traz a regravação samba eletrizado Ziriguidum de Jackson do Pandeiro, e o choro Brasileirinho, de Waldir Azevedo.  A faixa-título, um frevorock-carnavalizado, tem a letra baseada nos dísticos escritos em fundos de caminhões. Em 76, Dadi deixa os "Novos Baianos" e  forma um novo A Cor do Som", sendo substituído por outro irmão de Pepeu, Didi (Eduardo Gomes Oliveira Salvador/Ba ). As modificações na formação da banda incluem, também, a entrada de Charles Negrita na percussão e a saída de Gato Félix.



Já  enfraquecidos pelo processo embrionário das carreiras-solo de  Pepeu, Baby e  Paulinho,  o grupo lança, em 77, um disco cheio de frevos e sambas carnavalescos chamado Praga de  Baiano. Neste momento  os "Novos Baianos" já tinham se tornado uma banda de trio elétrico do carnaval  de Salvador, tendo sido Baby a primeira cantora a cantar neste tipo de evento. O último trabalho, Farol da Barra, lançado em 78, traz o último sucesso do grupo, a bossa que é a faixa título, parceria de Caetano Veloso e Galvão. Além  disso dois compositores da tradicional MPB são homenageados: Ari Barroso,  com   Isto aqui o que é? e Dorival  Caymmi com Lá vem a  baiana . No ano seguinte, os integrantes do grupo  de forma consensiosa  resolvem encerrar as atividades.



Em  87, Baby , Pepeu, Morais e Paulinho Boca de Cantor voltam  a se reunir para uma única apresentação  na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) na reabertura do espaço. Outro reencontro acontece  no Carnaval de 90,  quando Baby, Pepeu, Moraes e Paulinho cantam num trio elétrico nas ruas de Salvador. Neste  mesmo ano, Moraes e Pepeu retomam a antiga  parceria num novo LP e numa turnê pelo Brasil. Em 97, o poeta, letrista e cantor Galvão depois de publicar a autobriografia do grupo intitulada "Anos 70: Novos e Baianos" consegue reunir a formação original da banda e lançar o CD (duplo) Infinito Circular, que reúne antigas e novas composições do grupo, dentre elas a faixa-título, cantada  por Galvão, que faz um resumo da ideologia libertária destes. Para os velhos fãs,  clássicos cantados  por  Moraes, Paulinho, Pepeu e  Baby. O futuro do grupo de acordo com as últimas declarações depende da disponibilidade de tempo oferecida pelos projetos individuais de cada membro dos "Novos Baianos".

1970 – É Ferro na Boneca (RGE)
1972 – Acabou Chorare (Som Livre)
1973 – Novos Baianos F.C. (Continental)
1974 – Novos Baianos (Continental)
1974 – Vamos pro Mundo (Som Livre)
1976 – Caia na Estrada e Perigas Ver (Tapecar)
1977 – Praga de Baiano (Tapecar)
1978 – Farol da Barra (CBS)
1997 – Infinito Circular (Globo/Polydor)
1969 – "Colégio de Aplicação" / "De Vera"
1970 – "Volta que o Mundo dá"
1971 – "Psiu" / "29 Beijos" e "Globo da Morte" / "Mini Planeta Íris" (Compacto Duplo)
1971 – "Dê um rolê" / "Você me dá um disco?" e "Caminho de Pedro" / "Risque" (Compacto Duplo)
1973 – "No Tcheco Tcheco" / "Boas Festas"
1973 – "A Minha Profundidade" / " O Prato e a Mesa"
1976 – "Ninguém segura este País" / "Ovo de Colombo"

Curiosidades.

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