Carreira

Uma tradição que passa de pai para filho e já está indo para a quarta geração. A banda de pífano Santa Luzia, da cidade de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, tem aproximadamente 70 anos de existência e luta para preservar a tradição iniciada nas festas dos santos das igrejas da cidade. Durante os festejos juninos na cidade, o grupo se apresenta todos os dias na Vila Olho D'água, tocando durante quase três horas músicas nordestinas, de poetas famosos e desconhecidos.

Regina Barbosa - Poroca
Maria Barbosa - Maroca ou Lia
Francisca da Conceição Barbosa - Indaiá ou Gueão.

Regina Barbosa nasceu em 1940 e é mais conhecida como “Poroca”. Já Maria Barbosa, nascida em 1944, também é mais conhecida como “Maroca” ou “Lia”. Nascida em 1950, Francisca da Conceição Barbosa, da mesma maneira, é conhecida por outros dois nomes: “Indaiá” ou “Gueão”. As três são cegas de nascença e passaram a infância e juventude cantando nas feiras do interior dos Estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e, é claro, Paraíba.

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Em meados dos anos 70, elas passaram a viver em Campina Grande em companhia da mãe e de outros 14 parentes e agregados, a quem sustentavam com as ofertas em dinheiro que conseguiam cantando no centro da cidade. Foram protagonistas do filme "A pessoa é para o que nasce", de Roberto Berling e modelos da nova campanha da marca Cavalera. Receberam os Títulos de Mestres das Artes por propositura de uma ONG.

Na definição de um fã brasiliense, Daniel Lima, a beleza da música das Ceguinhas de Campina Grande está na simplicidade e espontaneidade. Mas a fama, para as irmãs paraibanas que se apresentavam nasruas da cidade ainda meninas, chegou com o filme A Pessoa é Para o Que Nasce, lançado no ano passado. Em seguida, veioo lançamento do CD duplo com a trilha sonora do filme. A partir daí, asapresentações incluíram cidades como Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, João Pessoa e Rio de Janeiro. A próxima será Patos de Minas. Tanta popularidade parece não ser reconhecida na Paraíba. Maria, a mais falante das irmãs, revela que lá não dão tantovalor à música das Ceguinhas de Campina Grande como em outras partes do país.

O documentário, de 84 minutos, conta a história de três irmãs cegas, de Campina Grande (PB), que passaram a vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas nas cidades e feiras do Nordeste. Ele revela o cotidiano das protagonistas e suas curiosas estratégias de sobrevivência, da qual participam parentes e vizinhos. Revela, ainda, numa reviravolta inesperada, o efeito do cinema em suas vidas, transformando-as em celebridades. O documentário conta também com a participação especial do cantor Gilberto Gil.

Arte.

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